OCUPANDO O LATIFÚNDIO ELETROMAGNÉTICO

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Chamado geral para a 11ª Semana de Resistência Osama Bin Reggae

Carro da rede Record durante protestos em munho

Carro da rede Record durante protestos em junho

Seguimos resistindo frente às investidas silenciadoras dos proprietários do poder. E para celebrar, convidamos todxs a colar em mais uma Semana de reflexão e reinvenção dos meios, de reafirmação dos fins, e, principalmente, de desobediência. Do dia 9 ao dia 13 de setembro, o Osama Bin Reggae vem com a intenção de debater e contribuir com as iniciativas de apropriação organizada e/ou espontânea do que se convencionou chamar de espaço público.

 

Na 11ª Semana de Resistência Osama Bin Reggae serão organizados debates, performances coletivas, oficinas, filmes, transmissões, e ressignificação da rua, dos corpos e da vida. Ocupemos as ruas: vândalxs, trablhadorxs, artistas, arruaceirxs, baderneirxs, mascaradxs, manifestantes, resistentes. Todxs convidadxs para discutir, refletir, somar e trocar experiências sobre as inúmeras formas de fazer política nas ruas.

datena pesquisa

Pesquisa contraria apresentador da Bandeirantes

Desde as grandes metrópoles até os menores vilarejos, o ambiente público é onde a luta de classes se realiza de maneira mais feroz. E nessa guerra, não nos iludamos, o Estado jamais poderá estar de lado diferente do que sempre esteve. Afinal, quase todas as experiências de violência com as quais a classe trabalhadora mantém contato diário são patrocinadas pelo Leviatã e seus grandes capitalistas. O transporte coletivo, a polícia, a “justiça”, as prisões, os bancos, a televisão, o rádio, os estádios, a carência de direito à moradia, enfim… todos estamos ligados ao papel infeliz que esta instituição ostenta em nossas vidas.

 

Parar o trânsito, pixar prédios, quebrar vidraças, atacar a ordem policial vigente são apenas algumas dentre tantas maneiras de expressar inquietação e tornar a discussão política uma importante pauta dos debates cotidianos, abrindo espaço para repensar o que entendemos por democracia representativa e quais as novas possibilidades de organização e atuação abertas pela recente mobilização nacional.

 

Para nós, é momento de refletir construtivamente e dar continuidade às lutas contra a violência institucionalizada, responsável pelo solapamento de direitos essenciais da classe trabalhadora. Por isso, na 11ª Semana do Osama Bin Reggae propomos um debate sobre a necessidade de prosseguir com a ocupação do espaço público sob a perspectiva das lutas políticas travadas à margem da cobertura midiática. Atrelado a esta temática, entendemos como relevante estabelecer discussões sobre os modelos de organização política existentes atualmente, e a notória incapacidade do modelo predominante (partido político) em compreender e se adaptar à dinâmica de desenvolvimento das lutas sociais observadas em nosso continente.

 

Aproveitamos para mandar um salve especial a todxs xs guerreirxs envolvidxs nas lutas por moradia e transporte coletivo de qualidade, público, e gratuito no Grajaú! Também lembramos aqui de todxs as vítimas da ação policial e dos que sofrem nas garras do sistema penitenciário brasileiro.

 

 


Alô!? Alô! Ouve!!? O que houve?!? Rádio Várzea no ar!!!

[Para ouvir lendo o post!
BNEGÃO E OS SELETORES DE FREQUÊNCIA – 2012 – SINTONIZA LÁ!]

A Rádio Várzea Livre tem orgulho de dizer que voltamos ao ar hoje a noite!! Seguimos em 107,1FM e estamos cobrindo da várzea do rio pinheiros até o metrô butantã! Nossa programação inicia-se no começo da tarde e vai até o fim da noite! Fique ligado no seu dial!

Sintonize, programe, participe: Reuniões todas as quintas-feiras às 18h30 no Espaço Aquário do prédio da História e Geografia da USP (ou UET – Universidade Elitistadual do Tucanistão)

Rádio Várzea Livre
—————Abraços Livres! —- Há Braços Livres! ————————————— 107,1FM  LIVRE —————————————–

E para além desse comunicado nesse maio de 2013, trazemos para o conhecimento de nossos fieis ouvintes-transmissores que há exatos trinta anos era publicado na Espanha um manifesto, o manifesto de Villaverde, que representou o díalogo entre vários encontros de coletivos de comunicação do país, principalmente entre membros de rádios localizadas no País Basco, na Catalúnia e em Valencia, que ocorreram desde o início da década de 80. Segue abaixo o manifesto, que estabelece a importância da autonomia, da autogestão participativa, da anti-profissionalização, da contrariedade à reprodução ampliada enquanto objetivo radiofônico, do enfrentamento radical contra qualquer forma de dominação e contra o latifúndio eletromagnético.

QUE EM TODAS AS VÁRZEAS DE TODOS OS RIOS HAJAM RÁDIOS LIVRES, PARA QUE TODOS POSSAM TER A POSSIBILIDADE DE NÃO SÓ RECEBER, MAS DE TRANSMITIR INFORMAÇÕES, ENFRENTAR O PATRIARCADO, A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A POLÍTICA DE EXTERMÍNIO DA POPULAÇÃO POBRE. A VERTICALIDADE DO PODER HIERÁRQUICO É INIMIGA, E PARTICIPAR ATIVAMENTE DA CONSTRUÇÃO DE UMA OUTRA SOCIEDADE É VIA DE REGRA PARA UMA HUMANIDADE DE FATO.

RÁDIO VÁRZEA LIVRE 107,1 FM
ABAIXO E À ESQUERDA, SEMPRE.
SINTONIZE-SE, ANTENE-SE!

MANIFIESTO DE VILLAVERDE

En una sociedad cuya realidad está altamente centralizada e informatizada, donde los medios privados y públicos de comunicación son poder y están al servicio del poder, las RADIOS LIBRES surgen ante la necesidad y el derecho de toda persona individual o colectiva a expresar libremente sus opiniones y criticar y ofrecer alternativas en todo aquello que le afecta directa e indirectamente. Las radios libres nos caracterizamos por:

•Un carácter no profesional, entendiendo que la comunicación no debe ser un medio de lucro.

•Un funcionamiento autogestionario basado en la toma de decisiones de forma directa por todos aquellos que participan activamente en la vida de la radio.

•Somos autónomos. La radio libre se constituye al margen de todo grupo de presión político o económico que pueda o quiera alterar en su provecho el mensaje a difundir y, obviamente, rechazamos cualquier tipo de publicidad directa o indirecta.

•La radio libre es participativa. Está al servicio de la comunidad donde se integra, potenciando la unificación de los conceptos emisor/receptor.

•Las radios libres surgen como necesidad de llevar la comunicación al marco cotidiano y como lucha contra el monopolio y la centralización de la comunicación.

•Finalmente nos definimos como radios libres de todo compromiso que no sea el de difundir la realidad sin cortapisas y las opiniones sin limitación.
Las radios libres pretendemos potenciar toda una práctica de comunicación basada en un enfrentamiento radical contra todo tipo de relación social de dominación y, por tanto, apostamos por una forma de vida alternativa a la actual.

COORDINADORA DE RADIOS LIBRES 
Villaverde, 21-22 de mayo de 1983

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entre os documentos coletivos redigidos nessa série de encontros, há um muito interessante, uma “PROPUESTA PARA UNA RADIO LIBRE”, que segue abaixo em tradução livre:

PROPOSTA PARA UMA RÁDIO LIVRE

Entendemos como objetivo prioritário de uma rádio o de DAR VOZ À gente. Gente com maiúscula. É dizer, para todas essas pessoas que não têm em sua vida a oportunidade de expressar-se através de um meio em que comuniquem-se, no verdadeiro sentido de comunicação, com as demais.

Não partimos de utopias de comunicação. Quando falamos de gente, NOS REFERIMOS AOS SETORES QUE ATUALMENTE ESTÃO MARGINALIZADOS (SEJA CONSCIENTEMENTE OU NÃO) DE UM PROCESSO COMUNICATIVO, o que implica também, muitas vezes, os órgãos de comunicação dos partidos políticos, incluindo os sindicatos.

Como não somos masoquistas nem apóstolos, acreditamos que uma das pretensões da rádio é a de divertir as pessoas. Recuperando tudo o que de prazer, jogo, festa e portanto subversão há na diversão de verdade.

Consideramos que o termo “gente” engloba todos aqueles setores não afiliados a siglas concretas (políticas ou sindicais) que se definem genericamente como movimento e que se situam dentro do contexto de mudança social total e luta dentro da vida cotidiana. Não temos (vá em frente…) uma alergia especial a essas siglas, mas contamos com experiência suficiente em lomos ajenos [n. do t. :provavelmente experiências anteriores] (leia-se rádios livres europeias) para saber que uma rádio porta-voz de um sindicato ou partido político não se enquadra no que pretendemos. Isso não quer dizer que vamos fechar o microfone aos partidos políticos ou centrais sindicais. Só quer dizer que não queremos ser porta-voz de nada, para dessa forma dar, com toda independência e autonomia, a palavra a todos (que as querem, é claro…)

Pensamos que a rádio há de dar CONTRAINFORMAÇÃO em um momento em que uma suposta informação democrática silencia feitos importantes.

Também consideramos importante elaborar uma rádio-provocação, resgatanto-desviando o sentido de perigosas conotações policiais ou direitosas. Queremos provocar a palavra, a resposta nas pessoas que foram ensinadas unicamente a aceitar o que está posto.

Tampouco queremos fazer (os Hados nos liberam) [n. do t.: hado, na mitologia clássica greco-romana, é uma divindade ou força desconhecida que regia ou determinava o destino dos seres humanos e dos deuses] uma rádio militante no sentido ortodoxo do termo, uma rádio na qual o emissor se considera possuidor da verdade e a serve à sofrida receptadora. Pretendemos encontrar nas ondas UM LUGAR DE ENSAIO E DEBATE.

Consideramos também que em seu interior NÃO DEVE EXISTIR A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO tal como em qualquer empresa. É reafirmar que todos os element@s têm que ter um pouco de conhecimento técnico, tem que saber ler uma notícia ou fazer uma entrevista, independentemente se há uns que fazem melhor que os outros.

Quando nos referimos ao termo Movimento, consideramos que não se trata de uma rádio para divulgar os distintos setores dentro desse movimento (feministas, gays, objetores de consciência, ecologistas, etc.), mas sim uma rádio em que participem esses movimentos para dar uma sentido global à vida dos ouvintes. Aceditamos que desta forma a rádio pode servir tanto para expôr e difundir práticas autonômas que existem, quanto de lugar de encontro para o próprio Movimento (um dos lugares de encontro!)

Deve ser uma rádio desmistificadora (incluindo desmistificadora de si mesma) e de amorosa crítica construtiva, portanto “dura” dentro do movimento. “Nada de umbigos felizes” é nosso lema. Há que se deixar bem claro que, como não queremos utilizar a manipulação dos grandes meios de comunicação, um de nossos objetivos é a subjetividade total. Que nada leve ao engano.

E por último deve ser uma rádio que INCITE À COMUNICAÇÃO À MARGEM DA PRÓPRIA RÁDIO, que potencialize lugares de encontro entre os diversos setores de luta ou simplesmente entre pessoas distintas.

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Nós, da Rádio Várzea, nos emocionamos ao nos darmos conta da luta de mais de 30 anos pela comunicação livre, em todo e qualquer canto do mundo! Essa bela proposta de rádio dos espanhóis de outrora deve ser lida e relida, ser apropriada e reapropriada e jamais esquecido no passado longínquo. À luta somam-se todos os momentos de resistência, e a história se faz com luta, com criatividade, imaginação e principalmente, com coletividade e sem patifaria! A história que nos interessa será contada e cantada pelo povo, jamais pela voz de poucos, que esconde e abafa o grito dos quase todos. Saudamos a tod@s que somam nas lutas de forma horizontal e persistente!!! CHEGA PRA SOMAR NO GROOVE!!

S@udações Livres!!!


10 anos da Semana de Resistência Osama Bin Reggae

Salve irmãos e irmãs

É com muita luta e muita garra que chegamos a essa importante data, não por serem 10 anos somente, mas por serem 10 anos de resistência, de ocupação, de existência, de militância.

Ocupar um espaço público tem sido cada vez mais difícil e escasso, fazer dessa ocupação uma experiência autogestionária e combativa tem se tornado prática quase inexistente (infelizmente!!!), o Osama não é, nunca foi e nunca será uma semana reativa, nãos esperamos ser atacados para nos mexer, estamos há 10 anos ocupando, passando por cima da repressão, não nos curvando a proibições e comunicados infames de uma adminstração universitária que acredita na truculência, na troca de favores, ou na isenção de posicionamentos (no caso da adm fefelenta maio de 68).

Não!

Resistimos Ocupando e Ocupamos Resistindo!

Graças a JAH o Osama Bin Reggae foi além da Rádio Várzea, hoje fazemos acontecer com a ajuda das bandas, de amigos e amigas que se conhecem no processo de construção que também é um processo de formação politica, de autogestão, de confraternização!

Sim, confraternizamos, celebramos!

Celebramos a todos os momentos nossa existência autogestionada (de Osama e Rádio Várzea), porque militância carrancuda só leva a desilusão e  ao não movimento. Resistimos com o sorriso em nossas faces e sangue em nossas veias,  e queremos compartilhar com a família Osama Bin Reggae mais uma Semana de Resistência.

Se não queimamos toda Babilônia, nesses 10 anos pelos menos alguns pilares  dela temos destruído.

Esperamos nos encontrar durante essa semana!

Saudações Livres.

10 ANOS SEMANA DE RESISTÊNCIA OSAMA BIN REGGAE

Programação da semana:

Importante: Todas atividades no Espaço Aquário -> Prédio Geo/Hist, FFLCH USP

10.set – Grupo Teatro do Oprimido (as 17:00), na sequencia, debate: Terrorismo é o Estado.
11.set – Oficinas (18:00hrs): 
Bandeirão, Stencil, Zine, Rádio Livre e Permacultura (Traga sua semente)
12.set – debate: Rádio
Livre de Quem?
13.set – teatro e Sarau do Osama
traga sua intervenção livre (só não pode ser discurso de partido)
14.set – FESTA – a partir das 22:30

Todos os dias com exibição de filmes no período da tarde – com Cine Iguapé

COM -> Veja Luz, Tribo do Sol, Scut  Tha Yahman, QG Imperial, The Ethiopian Highlandahs e a reunião de soundsystems BlackStarYnit

INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA A FESTA: NÃO ACEITAREMOS NOTAS DE R$50 e R$100 NA FESTA, NÃO INSISTAM! 
CHEGADA NA USP: Busão no Metro Butantã: Circular USP – 8012 ou 8022 (descer no ponto da fflch)
Entrada na USP depois das 20:00hr de carro somente com carteirinha da USP!
Dica: Na usp não vende cigarro!

Saudações Livres

Divulguem, Colem, Ocupem!

divulgue por aí!

 

divulguem por aí!