OCUPANDO O LATIFÚNDIO ELETROMAGNÉTICO

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Por que os porcos da mídia não querem tarifa zero?

Em uma sociedade cuja matriz estrutural da Comunicação é o latifúndio eletromagnético, mentiras são legitimadas e verdades escondidas, conforme os interesses da classe empresarial detentora dos veículos de comunicação. Um grupelho ínfimo, que se escora no nebuloso esquema de concessões públicas, corporativismo, e lobby, pautando diariamente quais serão as ideias difundidas e quais serão as opiniões ou realidades omitidas no noticiário de grife.

Johnny Saad, Roberto Marinho, Rui Mesquita, Roberto Civita e Otávio Frias. Os donos da mídia foram ao ato por Tarifa Zero ontem (19/06) em São Paulo, do jeito que o povo gosta: enforcados.

Johnny Saad, Roberto Marinho, Rui Mesquita, Roberto Civita e Otávio Frias. Os donos da mídia foram ao ato por Tarifa Zero ontem (19/06) em São Paulo, do jeito que o povo gosta: enforcados.

As relações de cooperação entre o empresariado não são novidade no Brasil. Não é comum a divulgação de informações sobre os processos, dívidas, falências, calotes, conchavos em que a família Frias (FOLHA de SP), a família Marinho (GLOBO), a família Saad (BAND), a família Abravanel (SBT), ou a família Macedo (IURD/RECORD) estão envolvidas. Isso pra falar apenas de SP.

Por que não é de conhecimento geral, por exemplo, o fato de a Rede Globo estar sofrendo investigação da Polícia Federal por conta da sonegação de mais de 1 BILHÃO de REAIS ao Fisco, dinheiro transferido a contas bancárias abertas nas Ilhas Virgens Britânicas por uma empresa laranja responsável pela compra dos direitos de transmissão da Copa da FIFA de 2002.

Não são poucos os casos de pessoas e grupos que monopolizam ao mesmo tempo meios de televisão, rádio, jornais, portais de internet, entre outros, criando a falsa sensação de uma variedade de fontes e vozes, mas que apenas repercutem e ecoam as mesmas “verdades editoriais” criadas às escuras nas salas de reunião regadas à dinheiro e hipocrisia.

Seleção da mídia: 11 famílias são donas de quase todos meios de comunicação do Brasil

Seleção da mídia: 11 famílias são donas de quase todos meios de comunicação do Brasil

Será irreal supor a existência de uma cooperação de classe entre empresários do transporte e da comunicação? Basta lembrarmos da cobertura absolutamente oportunista e tendenciosa praticada pelos veículos empresariais de comunicação sobre as greves dos motoristas e cobradores de ônibus e, posteriormente, dos metroviários de São Paulo. De acordo com a perspectiva destas emissoras, o desvio de milhões de reais no metrô e na CPTM, o preço e as condições dos serviços oferecidos não causam prejuízo a ninguém. Já as reivindicações de trabalhadores(as)… são sempre repercutidas como sabotagem criminosa.  De onde viria um discurso tão orquestrado e afinado senão da mesma teia de interesses patronais?

Comunicação e Transporte são exatamente os dois setores de atuação do poder público em que este menos se faz presente e transparente. O caso da tarifa zero é gritante: exigir que o transporte seja tratado como direito, e não como negócio, é alucinação? Cobrar responsabilidade social daqueles que lucram com uma necessidade da população trabalhadora é delinquência? Pressionar o Estado para que faça valer o direito constitucional de ir e vir, mesmo para aqueles que não tem R$3,00 no bolso, é um delírio juvenil? As poucas, mas poderosas vozes dos donos da mídia transformam a gratuidade no transporte coletivo em um “privilégio” impensável.

Estamos na rua pois acreditamos que os mais ricos devem contribuir para ajudar a financiar um transporte gratuito e de qualidade para a população que precisa de ônibus, metrô e trem.

Estamos na rua pois acreditamos que os porcos da Comunicação também devem ser cobrados e combatidos, pois assim como a luta pela tarifa zero representa democratização do direito de ir e vir, a luta contra o monopólio da Mídia empresarial representa democratização do direito à informação e à liberdade de expressão!

 

Donos da mídia são queimados pelo povo na Marginal Pinheiros

Donos da mídia são queimados pelo povo na Marginal Pinheiros

1ª Reunião de Formação de 2014 – Dia: 20/03 – Tema: “O valor da autocrítica no combate ao machismo”

Salve Geral!!Ajudem a divulgar !!!

Convidamos a todxs para a 1ª reunião de formação aberta de 2014, cujo tema será:
“O valor da autocrítica no combate ao machismo”

 

               Dando seguimento às atividades de formação, gostaríamos de convidar a todxs para mais uma reunião de formação política na Radio Várzea. Recentemente nos posicionamos sobre um caso de machismo ocorrido com membrxs do coletivo. Tal posicionamento encontra-se nesta carta: http://varzea.radiolivre.org/2014/02/19/posicionamento-publico-da-radio-varzea-em-relacao-ao-caso-de-machismo/.

                Partindo do principio de que comunicar-se é um ato político que pressupõe a participação de diferentes sujeitos em que escutar as diferenças é fundamental na construção de um novo mundo, gostaríamos de convidar a todxs que queiram expressar suas opiniões a respeito da carta e  seus desdobramentos para essa primeira reunião de formação.

Data: 20/03/2014

Hora: 18:00 hrs

Local: Sala da Rádio/Espaço Aquário.

Textos e vídeos  indicados:

Escutar o amarelo – a geografia e o calendário da diferença – A luta das mulheres, do centro à periferia ” EZLN.
 http://pt-br.protopia.wikia.com/wiki/Escutar_o_amarelo_-_a_geografia_e_o_calend%C3%A1rio_da_diferen%C3%A7a

 Entrevista com escritor Ferréz:
https://www.youtube.com/watch?v=1UzF7vNGFcM#t=1151

Se for pra somar, é só chegar!!!

Posicionamento público da Rádio Várzea em relação ao caso de Machismo

Após uma série de cobranças internas e externas, por sorte elas existiram, a Rádio Várzea Livre vem por meio desse comunicado se posicionar publicamente sobre um caso machismo ocorrido no ano de 2010 entre um casal de ex-membros do coletivo, conhecido como “caso Xavier”. Tal evento foi amplamente divulgado no campo da esquerda e reverbera até os dias de hoje.

Não nos cabe reconstituir os fatos. Apenas difundir uma autocrítica e algumas reflexões. Tendo em vista que um coletivo autogerido se constrói em movimento, ou seja, a partir de uma relação dialética entre reflexão e prática, não podendo ter medo de criticar a si mesmo e, sobretudo, receber criticas, julgamos necessário fazer a autocrítica dos erros da Rádio em alguns aspectos – não interessa se involuntariamente ou não – pelo fato de sermos um coletivo social, que ocupa um espaço público.

Seguem alguns problemas que xs integrantes do coletivo identificaram na forma de lidar com a questão. Tanto no ano de 2010, quando houve a publicização do caso, quanto no ano de 2011, após o escracho ao Xavier, a Rádio:

 

1- tratou a questão como de foro íntimo/pessoal, ou seja, privado;

2- buscou atuar no caso de maneira particular, pois acreditava que assim, estaria preservando os dois após a publicização pelo escracho;

3- não colocou a discussão sobre práticas machistas dentro do coletivo de forma pública, para estabelecer um debate sobre tal tema na Rádio;

4- através de seus integrantes, naquele momento, embora reconhecessem e apontassem o comportamento (inclusive para o próprio envolvido) como uma prática machista, trataram a questão como algo mais patológico do que social;

5- não houve uma reflexão por parte da Rádio, naquele momento, enquanto coletivo, sobre o cerceamento de espaço que a mulher agredida estava sofrendo na medida em que o agressor permanecia no coletivo sem sequer haver uma conversa pública do coletivo a respeito da situação.

 

Por mais que participassem da mesma lista de e-mails, e por vezes, se encontrassem em atividades da Rádio, a violência à mulher se consolidou na medida em que não houve nenhuma discussão publica sobre o assunto – ou seja, não houve reflexão sobre o constrangimento e sobre a violência que ela e, inclusive outras mulheres e até homens, pudessem estar sentindo com a presença do autor da prática machista, sem qualquer tipo de discussão e tomada de decisão pública sobre essa situação.

Pensou-se pouco sobre o constrangimento da agredida. Xs integrantxs da Rádio procuraram “cuidar” da questão do agressor (novamente, mais de uma maneira patológica do que social) e não houve essa mesma diligência com relação à agredida. Por mais que ele fosse um militante orgânico da rádio e ela não, essa foi uma postura errada por parte das pessoas que compunham o coletivo.

A partir do segundo semestre de 2012, quando Xavier voltou a frequentar as reuniões da Rádio:

 

1- o coletivo aceitou a volta dele sem problematizar e discutir tal questão;

2- continuou tratando com algo privado e não público;

3- continuou a não se posicionar publicamente.

 

Diante dos fatos constatados acima, esboçamos agora algumas reflexões por nós desdobradas.

Sobre o escracho: reconhecemos que enquanto os casos de machismo forem tratados de forma privada, a prática do escracho se colocará como uma das alternativas para se romper essa lógica. Reconhecemos, por consequência, a efetividade desse escracho no sentido de suscitar a urgência inapelável da discussão, problematização, luta e superação do machismo no campo da esquerda.

Não há, no entanto, uma posição consensual no coletivo sobre a legitimidade do escracho como prática política inquestionável. A denúncia é para nós, sem dúvidas, absolutamente necessária no sentido de expor a violência cotidiana sofrida pelas mulheres, de retirar do terreno do não-dito essa prática tão naturalizada em nossa sociedade. É fundamental também por provocar reflexões sobre a necessidade de autocrítica e amadurecimento político constante nesse campo da luta, e encorajar possíveis vítimas a se manifestarem. Porém, o escracho pode significar a reprodução de um sentimento autoritário de justiça, baseado numa lógica punitiva, persecutória, que se nega ao diálogo. A defesa da segurança das vítimas de violência deve ser prioridade. Todavia, não acreditamos que a exclusão de agressorxs dos espaços de convívio, por si só, represente justiça plena, reeducativa. Se queremos construir uma sociedade sem desigualdades de qualquer espécie, é necessário refletir sobre possibilidades de enfrentamento que vão além do ostracismo do agressor/infrator, fato que isola um problema, ao invés de resolvê-lo totalmente.

Reconhecemos que os erros cometidos nesse processo pela Rádio Várzea estão intimamente ligados com a descontinuidade da existência de espaços de formação no coletivo. Para ajudar a romper com o machismo é preciso que esses espaços existam – sejam reuniões, oficinas ou programas.

Mais uma vez reafirmamos nossa abertura e nosso desejo de contar com o apoio de coletivos que estão na luta contra o machismo para trocarmos ideias e experiências, pois sabemos das nossas limitações e também dos nossos desejos em superá-las. Lamentamos muito a todxs aquelxs que se sentiram agredidxs ou constrangidxs nesse período em que não houve posicionamento público do coletivo e reafirmamos que nossa disposição sempre foi e continuará sendo em avançar nas lutas contra machismo.

Temos a plena convicção de que esse comunicado não resolveu a questão do machismo no coletivo. A caminhada é longa e cheia de percalços. Não somos melhores porque estamos refletindo sobre nossas práticas e posturas. Não somos mais conscientes. Não se trata disso. É apenas uma reflexão. Os problemas continuam e estamos há tempos buscando enfrentá-los.

Lamentamos a demora no posicionamento público. O tempo político da Várzea foi mais longo do que a sucessão de acontecimentos.  O tempo político da Várzea se estendeu além do momento. Mas não temos certeza se poderíamos ter feito de forma diferente. O que sabemos é que não podemos mais permitir o machismo, em hipótese alguma. Diante de tudo isso, é preciso dizer, ainda, que foi o Xavier que se afastou da Rádio Várzea a partir de uma decisão pessoal.

Diante da necessária e efetiva publicização do caso, reconhecemos que não existe qualquer possibilidade de sequer discutirmos o retorno do ex- integrante ao coletivo sem que haja uma discussão pública sobre isso e um reconhecimento público dele sobre seus erros.

 

Saudações Livres, Rádio Várzea livre do rio pinheiros.107.7 FM

Reuniões de Quarta-feira às 18:00.

Se for pra somar então chega aí.

Boas Vindas aos Calouros da USP !!!

 

Estudou muito, noites perdidas, festas que você deixou de ir, horas e mais horas se preparando… e finalmente veio a tão merecida recompensa aos seus esforços, a aprovação no vestibular. Bate aquele sentimento de dever cumprido, um sentimento de conquista, uma exaltação aos seus méritos, não é mesmo? Os que não entraram, seus “concorrentes”, azar o delxs, afinal, não se esforçaram tanto quanto você. É hora de festejar, bebemorar, ser pintado, ir para o farol pedir dinheiro e, como não podia deixar de ser, ser chamado de “bixo” e “ bixete”. Né não ?!?

Se orienta!!!!!

Dá licença. Aqui é Radio Várzea mandado um papo reto na sua oreia. Meritocracia não cola com a gente não. Lembremos que a felicidade dos aprovados tem um lado invisível e injusto, daquelxs que não conseguiram uma vaga no condomínio racista universitário. Não fechemos os olhos às desigualdades sociais dessa cidade, pois obter essa “aprovação” é mto mais fácil pra quem estuda nas melhores escolas do Vale Encantado do rio Pinheiros ou nos outros Vales Encantados por ai, pra quem se pá nunca trampou durante os estudos básicos e ainda conta com uma relevante estrutura material de vida. Reflita, ter entrado na USP pra você foi o cumprimento de mais uma etapa, você é fruto do investimento do capital da sua família. Onde está o “mérito” nisso?! Tem muita gente que é privilegiadx desde o berço, talvez não haja problema nisso, desde que se entenda que seu caminho até aqui foi MUITO mais fácil que o de alguém pobre, negrx, das Quebradas de SP.

Num mundo muito diferente do mundo dos “boys”, existe um mundo mais real, da maioria que não teve apoio pra bancar os estudos e com isso teve que estudar na escola publica normal (muito mais sucateadas que ETES e ETECs), que durante seus estudos – com vários problemas e qualidade baixíssima – tiveram que trampar. Muitas e muitos tiveram que abandonar o projeto de ensino superior pra colocar grana em casa, muitas e muitos não tiverem o suporte social que você teve sobre sexualidade e já são mães e pais de família. MUITAS e MUITOS a PM, pra defender a propriedade privada e a ordem militar, mandou pra vala ou pra cadeia. Para aqueles e aquelas que a escola não matou o sonho e a PM não matou o corpo, a FUVEST, com seu elitismo cada vez maior, tratou de deixar as coisas no lugar. Ou seja, Pobre na USP só pra trampar. Se for homem branco tem mais chance, se for Mulher, Negro ou Negra, a USP e sua elite intelectual não tão muito a fim não.

Para aqueles que são de quebrada e passaram por tudo isso, também não há mérito parceirx. Tem é a responsa de saber que você é exceção. Quantxs parças seus não conseguiram e por quê?! Nem vem com esse besteirol de esforço, essa ideinha aqui não mano, isso é ideia de “boy”, pra nois não serve. É como diz o Brown, “Duas vezes melhor como, se nois tamo dez vezes atrasado. Quem inventou isso ai ?! QUEM FOI O PILANTRA QUE INVENTOU ISSO AI ?!”. Mas pra aliviar um pouco as coisas, você talvez encontre parceirxs que mesmo tendo privilégios souberam reconhecer sua condição e te tratam de igual pra igual. Esses são pra toda a vida, serão parças de luta.

Sugerimos que você conheça o cotidiano do espaço público que agora você ajudará a ocupar. Além das salas de aula e anfiteatros, há outros lugares em que se produz conhecimento crítico, propositivo. Coletivos importantes na luta por uma USP mais POPULAR E PRETA, como o Núcleo de Consciência Negra, Quilombo que desde 1987 se propõe a pensar em políticas de inclusão e transformação social no espaço universitário e em outros guetos da vida. Cola lá: fica na Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, travessa 4, bloco 3, Cidade Universitária (Galpões atrás do Shopping FEA). Fique sabendo que o NCN vem sofrendo sistemáticos ataques da Reitoria da USP para ser arrancado do seu espaço físico e histórico dentro da USP. Por que será, né?!?!

Você está na USP, uma das universidades mais RACISTAS do BRASIL.

AQUI É RV, MANDANDO UM SALVE PRA VC. TAMO JUNTO, 4P!!!

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Osama Bin Reggae – A Semana de Resistência

Salve a todxs!

Faz tempo que estamos postergando o retorno das atividades em nosso blog. Nada melhor que começar o ano com uma boa novidade.

Já está disponível na internet o vídeo Osama Bin Reggae – A Semana de Resistência!

Esse material apresenta um pouco da história de surgimento da Semana, com depoimentos de pessoas que estão na caminhada por novas formas de se comunicar, produzir e difundir cultura há bastante tempo.

Esperamos que o Osama continue a crescer e a atrair novxs parceirxs para essas lutas diárias.

Em setembro tem mais! Mas antes, nós temos uma Copa da FIFA pra barrar.

VAMOS FORTALECER A OCUPAÇÃO DEMOCRÁTICA DO ESPAÇO PÚBLICO!

RÁDIO VÁRZEA 107,7 FM

 

Nota nº 1: Comentários acerca dos casos de assédio e homofobia ocorridos na festa Osama Bin Reggae

A 11a semana de Resistência Osama Bin Reggae se encerrou no dia 13 de setembro com a tradicional festa. Os coletivos envolvidos na organização desse evento vem por meio dessa nota prestar esclarecimento sobre alguns fatos ocorridos durante a festividade que se deu na Universidade Pública de São Paulo.
Muitos fatos positivos ocorreram nesse dia: a ocupação do espaço público, o encontro de pessoas de distintas partes da cidade, a promoção de bandas independentes, entre outras coisas. Entretanto, decidimos nos posicionar diante de fatos que aconteceram na festa e que consideramos
lamentáveis, não condizentes com o espírito do Osama Bin Reggae.
Nos surpreendeu a quantidade de pessoas que se queixaram de sofrer com homofobia e de mulheres que sofreram com assédio. Sabemos que se trata de uma festa pública e massiva e que, dessa forma, acaba reproduzindo o machismo de nossa sociedade. Porém, é necessário deixar claro que o Osama Bin Reggae prega a liberdade ao extremo e não compactua com esse tipo de atitude, pelo contrário, a repudia. Desprezamos os “malandrões” que querem agarrar uma menina a força e aqueles que zombam de um casal homossexual. Essas posturas não são bem-vindas em nenhuma de nossas atividades.
Entendemos também que toda festa que se propõe a abaixar os muros(cada vez mais altos) que separam a universidade do restante da sociedade sabe que trará consigo suas contradições e violências. Sabemos também que mesmo dentro desses muros tais violências e preconceitos são reproduzidos cotidianamente pela “elite intelectual”, o que mostra o peso e a necessidade de se fortalecer os que lutam para transformar esse quadro.
Ainda assim e por conta disso fica evidente a importância de nosso posicionamento público diante dos lamentáveis acontecimentos. Buscamos por meio desse comunicado dizer de forma clara que o Osama bin Reggae está sempre do lado do oprimido e nunca sendo condescendente com a opressão, seja ela qual for.
Queremos uma ocupação do espaço público que abranja a todxs, na qual cada um(a) tenha autonomia e soberania sobre seu corpo. Sabemos que não é possível transformar certas atitudes de uma sociedade que é machista e homofóbica com uma nota, porém achamos importante marcar uma posição enquanto coletivo que promove o Osama Bin Reggae.

Viva a liberdade e a resistência até o final.

Nota nº 2: Sobre Pixo e Universidade Pública – reflexões sobre a festa Osama Bin Reggae

Dando continuidade às reflexões pós-Semana de Resistência, o coletivo Osama Bin Reggae busca através dessa 2a nota se posicionar diante das acusações de vandalismo perante o espaço público.

A festividade que encerra a semana Osama Bin Reggae é um dos poucos momentos em que uma parcela dos habitantes de São Paulo, que é segregada da Universidade Pública, se sente à vontade para ocupá-la. A festa é um lugar de troca de experiências, de encontros, e, por isso, um espaço importante que a Universidade deve proporcionar. Um dos principais objetivos dessa reunião é trazer aquelxs que foram excluídxs, pelos muros e vestibulares, para dentro da Universidade Pública. Sabemos que isso incomoda muita gente: desde os fascistas que querem controlar que tipo social pode frequentar a USP, encher os prédios de catracas e cobrar mensalidades dos alunxs, até aqueles que defendem os espaços públicos (e vazios) mas, se chocam com sua ocupação, sob acusação de apropriação privada.

Vale ressaltar aos desavisadxs que a festa Osama Bin Reggae não gera lucro a ninguém, apenas paga suas próprias contas e colabora com outras lutas de democratização dos meios de comunicação e cultura. Buscamos ocupar o espaço público que, cada vez mais, é privatizado por cátedras, fundações, empresas juniors, bancos, cursos pagos etc.

Ocupar com o povo o que é público. Obrigar o espaço, pelo menos durante uma semana, a ser público. E para a imensa maioria do público, a única oportunidade de entrar na USP é pelas festas. Assim, nossa festa também tem, bem como os debates da Semana, um caráter político.

Sobre os danos ao prédio dos quais somos acusadxs, perguntamos: e os prejuízos à Rádio Várzea (um dos coletivos que compõe o Osama) que vem sendo seguidamente sabotada pela diretoria da FFLCH-USP, que na calada da noite rouba cabos e antenas? Quem pagou? Até quando os doutores da FFLCH vão fugir do debate sobre o monopólio da mídia sobre comunicação livre e continuar agindo como gangues que destroem antenas? Quando algumas dessas questões tiverem resposta podemos conversar sobre os danos ao prédio ocorridos na festa, essa é a nossa posição. Querem calar as vozes da resistência e ainda cobrar a conta?!

Se orienta né !!!

As pixações – que foram classificadas por alguns como vandalismo, anti-estética etc. – realizadas no local da festa são uma constante na cidade de São Paulo e se configuram numa forma de comunicação através dos muros – que segregam – daqueles que tem sua voz apagada pela violência cotidiana dessa metrópole, que sobrevive graças a uma profunda desigualdade social. Também é do nosso interesse manter as instalações do prédio em condições normais, todavia, na medida que a festa já foi amplamente apropriada pela população (inclusive pelos que se expressam através dos muros) não é possível impedir que essas marcas sejam deixadas.

Reconhecemos na pixação uma forma sofisticada de prática libertadora e política, que se apresenta como um gesto compassivo, digno e, também, um mecanismo perturbador em uma comunidade social hierárquica e altamente preconceituosa. Assim como identificamos a violência existente na estética do poder, na alta exposição de logotipos das grandes marcas do capitalismo ou mesmo nos enormes muros brancos que silenciam as contradições.

O que nos impressiona é o puritanismo de certos frequentadores da USP que se chocam quando as “vozes” da rua ocupam a Universidade Pública deixando sua marca de maneira pacífica. Como será que se sentem quando andam por São Paulo (fora da Usp)?! A gozolândia que se tornou a Cidade Universitária mascara as contradições que sustentam nossa sociedade e, quando elas se tornam visíveis chocam os “proprietários do conhecimento”.

Gostaríamos de saber também por que o corpo docente (e alguns de seus papagaios de pirata) não se mobilizam para outras questões: como os problemas estruturais do prédio (salas superlotadas por exemplo?) Ou por que certos professores (e alunos) também não saem reclamando aos quatro ventos quando os alunos são retirados da sala de estudos para que ela possa receber um “coffee break” de um curso pago?

Se aqueles que tem seu acesso à USP negados cotidianamente seja pelos muros, seja pelos guardas, seja pelo vestibular, entram enfim dentro do mundo mágico da USP, não é de se estranhar que queiram deixar sua marca em uma Universidade que deveria ser pública mas da qual ele está privado. As pixações são a resposta à exclusão que a Universidade a serviço do capital e das elites impõe.

ABAJO Y A LA IZQUIERDA

“A DITABRANDA AINDA É DURA” – Democratizar a Comunicação!

Vandalizemos a mídia empresarial e democratizemos a comunicação de uma vez por todas!

Cobertura do Grupo Folha  sobre a guerrilha durante a Ditadura Militar

Cobertura do Grupo Folha sobre a guerrilha durante a Ditadura Militar

Se a grande mídia neobandeirante golpista há muito remói, saudosa, o fim da dita “branda”, este ano a situação atingiu (novamente) o absurdo, com os dois maiores jornais de São Paulo – ou seriam panfletos? – dando uma ordem clara à polícia – ou seriam abutres? – sobre como exercer seu papel explicitamente intolerante nas manifestações. Em dois editoriais estrategicamente coordenados, publicados no mesmo dia 13 de junho de 2013, o Estadão e a Folha de São Paulo deixaram claro de que lado estão no confronto cada vez mais violento entre tiranos e oprimidos.

A resposta por parte da polícia não poderia ter sido mais obediente: distribuição aleatória de balas de borracha, gás lacrimogênio, spray de pimenta. Prisões arbitrárias por porte de vinagre. Também não foi surpresa a violência policial, que só levou para o foco das câmeras uma parte da truculência diária que mata, prende, humilha e tortura nas quebradas das grandes cidades brasileiras. Ao ser transposta para a Avenida Paulista, a violência policial atingiu inclusive jornalistas agentes dos próprios diretores do espetáculo feroz da repressão: a grande mídia autoritária, que se nega a noticiar o genocídio nas periferias e saliva com o caso de uma família militarizada assassinada pela mão infantil da corrupção policial.

Quem dera fosse esse o único caso em que os veículos da mídia empresarial tenham se despido de sua falsa roupagem democrática. Apoio à ditadura civil-militar brasileira (1964-2013, e além…); censura declarada à voz dxs trabalhadorxs e abertura irrestrita às opiniões patronais; perseguição política e declarada aos que emitem posição contrária às ideias distorcidas do folhetim, como o blog Falha de São Paulo, severamente punido devido aos anseios monopolistas predominantes entre as empresas de comunicação no Brasil.

É nítido o esforço realizado para diminuir a visibilidade das mazelas enfrentadas pelos moradores das periferias, muito além do contraste observado na cobertura dos protestos de junho. Chacinas provocadas pela polícia, dificuldades com o transporte coletivo, altos preços de aluguel e IPTU em regiões com carência de serviços públicos básicos, incêndio de favelas, expansão do encarceramento entre jovens ao longo dos últimos 20 anos, violência contra as mulheres, entre diversos outros problemas. Tudo isso simplesmente ignorado pelos fabricantes de opinião pública.

Ato: “A DITABRANDA AINDA É DURA”

 

Democratizar a Comunicação!

 

“as chamadas “ditabrandas” -caso do Brasil entre 1964 e 1985- partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça” (Editorial Folha de São Paulo 17 de fevereiro de 2009).

11 famílias donas da mídia no Brasil

11 famílias donas da mídia no Brasil

O “acesso à Justiça” que o oligopólio da mídia brasileira defende foi e é amparado pela violência policial e pelo controle/censura de circulação das informações. Por isso, no dia 11 de setembro de 2013 (quarta-feira), a partir das 17:00, dia em que será lembrado o 40º aniversário do golpe militar contra um governo socialista eleito por vias eleitorais no Chile, o coletivo Osama Bin Reggae convida todxs a se somar ao ato na Rua Barão de Limeira, centro de São Paulo, em frente à sede do Grupo Folha, pela democratização extrema dos meios de comunicação (TV, Rádio, Internet, Telefonia) e contra a cobertura jornalística que legitima a violência de Estado.

A comunicação é um direito de todo ser humano e não pode ser propriedade privada de 11 famílias (quadrilhas) no Brasil! Durante as manifestações de 2013 as máscaras caíram definitivamente. Não vamos voltar a ser enganados pelas máquinas de fazer informação.

Chega de mentir sobre o apoio à ditadura civil-militar!

Chega de Falha! Fora Folha!

Democratização absoluta dos Meios de Comunicação

Pelo fim da ABERT!

Pelo fim da PM e da Polícia Civil!

 ATO PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA “A DITABRANDA AINDA É DURA” – DIA 11/09 (quarta) EM FRENTE A FOLHA (Alameda Barão de Limeira, 425. Campos Elíseos) – CONCENTRAÇÃO 17 HORAS!

Efeito dominó

Efeito dominó

Chamado geral para a 11ª Semana de Resistência Osama Bin Reggae

Carro da rede Record durante protestos em munho

Carro da rede Record durante protestos em junho

Seguimos resistindo frente às investidas silenciadoras dos proprietários do poder. E para celebrar, convidamos todxs a colar em mais uma Semana de reflexão e reinvenção dos meios, de reafirmação dos fins, e, principalmente, de desobediência. Do dia 9 ao dia 13 de setembro, o Osama Bin Reggae vem com a intenção de debater e contribuir com as iniciativas de apropriação organizada e/ou espontânea do que se convencionou chamar de espaço público.

 

Na 11ª Semana de Resistência Osama Bin Reggae serão organizados debates, performances coletivas, oficinas, filmes, transmissões, e ressignificação da rua, dos corpos e da vida. Ocupemos as ruas: vândalxs, trablhadorxs, artistas, arruaceirxs, baderneirxs, mascaradxs, manifestantes, resistentes. Todxs convidadxs para discutir, refletir, somar e trocar experiências sobre as inúmeras formas de fazer política nas ruas.

datena pesquisa

Pesquisa contraria apresentador da Bandeirantes

Desde as grandes metrópoles até os menores vilarejos, o ambiente público é onde a luta de classes se realiza de maneira mais feroz. E nessa guerra, não nos iludamos, o Estado jamais poderá estar de lado diferente do que sempre esteve. Afinal, quase todas as experiências de violência com as quais a classe trabalhadora mantém contato diário são patrocinadas pelo Leviatã e seus grandes capitalistas. O transporte coletivo, a polícia, a “justiça”, as prisões, os bancos, a televisão, o rádio, os estádios, a carência de direito à moradia, enfim… todos estamos ligados ao papel infeliz que esta instituição ostenta em nossas vidas.

 

Parar o trânsito, pixar prédios, quebrar vidraças, atacar a ordem policial vigente são apenas algumas dentre tantas maneiras de expressar inquietação e tornar a discussão política uma importante pauta dos debates cotidianos, abrindo espaço para repensar o que entendemos por democracia representativa e quais as novas possibilidades de organização e atuação abertas pela recente mobilização nacional.

 

Para nós, é momento de refletir construtivamente e dar continuidade às lutas contra a violência institucionalizada, responsável pelo solapamento de direitos essenciais da classe trabalhadora. Por isso, na 11ª Semana do Osama Bin Reggae propomos um debate sobre a necessidade de prosseguir com a ocupação do espaço público sob a perspectiva das lutas políticas travadas à margem da cobertura midiática. Atrelado a esta temática, entendemos como relevante estabelecer discussões sobre os modelos de organização política existentes atualmente, e a notória incapacidade do modelo predominante (partido político) em compreender e se adaptar à dinâmica de desenvolvimento das lutas sociais observadas em nosso continente.

 

Aproveitamos para mandar um salve especial a todxs xs guerreirxs envolvidxs nas lutas por moradia e transporte coletivo de qualidade, público, e gratuito no Grajaú! Também lembramos aqui de todxs as vítimas da ação policial e dos que sofrem nas garras do sistema penitenciário brasileiro.

 

 

11ª Semana de Resistência Osama Bin Reggae

Está chegando mais uma semana de debates, intervenções artísticas e ocupação do espaço público.

Estamos nos organizando para fazer tudo acontecer entre os dias 09 e 13 de setembro!

Entretanto, como sempre, Osama se adiantou e já está mandando ver na divulgação de mais uma Semana de Resistência Osama Bin Reggae.

Em breve postaremos mais informações sobre a semana de intervenções, atrações musicais, teatrais, etc.

Fogo na polícia!