“A DITABRANDA AINDA É DURA” – Democratizar a Comunicação!
Vandalizemos a mídia empresarial e democratizemos a comunicação de uma vez por todas!
Se a grande mídia neobandeirante golpista há muito remói, saudosa, o fim da dita “branda”, este ano a situação atingiu (novamente) o absurdo, com os dois maiores jornais de São Paulo – ou seriam panfletos? – dando uma ordem clara à polícia – ou seriam abutres? – sobre como exercer seu papel explicitamente intolerante nas manifestações. Em dois editoriais estrategicamente coordenados, publicados no mesmo dia 13 de junho de 2013, o Estadão e a Folha de São Paulo deixaram claro de que lado estão no confronto cada vez mais violento entre tiranos e oprimidos.
A resposta por parte da polícia não poderia ter sido mais obediente: distribuição aleatória de balas de borracha, gás lacrimogênio, spray de pimenta. Prisões arbitrárias por porte de vinagre. Também não foi surpresa a violência policial, que só levou para o foco das câmeras uma parte da truculência diária que mata, prende, humilha e tortura nas quebradas das grandes cidades brasileiras. Ao ser transposta para a Avenida Paulista, a violência policial atingiu inclusive jornalistas agentes dos próprios diretores do espetáculo feroz da repressão: a grande mídia autoritária, que se nega a noticiar o genocídio nas periferias e saliva com o caso de uma família militarizada assassinada pela mão infantil da corrupção policial.
Quem dera fosse esse o único caso em que os veículos da mídia empresarial tenham se despido de sua falsa roupagem democrática. Apoio à ditadura civil-militar brasileira (1964-2013, e além…); censura declarada à voz dxs trabalhadorxs e abertura irrestrita às opiniões patronais; perseguição política e declarada aos que emitem posição contrária às ideias distorcidas do folhetim, como o blog Falha de São Paulo, severamente punido devido aos anseios monopolistas predominantes entre as empresas de comunicação no Brasil.
É nítido o esforço realizado para diminuir a visibilidade das mazelas enfrentadas pelos moradores das periferias, muito além do contraste observado na cobertura dos protestos de junho. Chacinas provocadas pela polícia, dificuldades com o transporte coletivo, altos preços de aluguel e IPTU em regiões com carência de serviços públicos básicos, incêndio de favelas, expansão do encarceramento entre jovens ao longo dos últimos 20 anos, violência contra as mulheres, entre diversos outros problemas. Tudo isso simplesmente ignorado pelos fabricantes de opinião pública.
Ato: “A DITABRANDA AINDA É DURA”
Democratizar a Comunicação!
“as chamadas “ditabrandas” -caso do Brasil entre 1964 e 1985- partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça” (Editorial Folha de São Paulo 17 de fevereiro de 2009).
O “acesso à Justiça” que o oligopólio da mídia brasileira defende foi e é amparado pela violência policial e pelo controle/censura de circulação das informações. Por isso, no dia 11 de setembro de 2013 (quarta-feira), a partir das 17:00, dia em que será lembrado o 40º aniversário do golpe militar contra um governo socialista eleito por vias eleitorais no Chile, o coletivo Osama Bin Reggae convida todxs a se somar ao ato na Rua Barão de Limeira, centro de São Paulo, em frente à sede do Grupo Folha, pela democratização extrema dos meios de comunicação (TV, Rádio, Internet, Telefonia) e contra a cobertura jornalística que legitima a violência de Estado.
A comunicação é um direito de todo ser humano e não pode ser propriedade privada de 11 famílias (quadrilhas) no Brasil! Durante as manifestações de 2013 as máscaras caíram definitivamente. Não vamos voltar a ser enganados pelas máquinas de fazer informação.
Chega de mentir sobre o apoio à ditadura civil-militar!
Chega de Falha! Fora Folha!
Democratização absoluta dos Meios de Comunicação
Pelo fim da ABERT!
Pelo fim da PM e da Polícia Civil!
ATO PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA “A DITABRANDA AINDA É DURA” – DIA 11/09 (quarta) EM FRENTE A FOLHA (Alameda Barão de Limeira, 425. Campos Elíseos) – CONCENTRAÇÃO 17 HORAS!
Chamado geral para a 11ª Semana de Resistência Osama Bin Reggae
Seguimos resistindo frente às investidas silenciadoras dos proprietários do poder. E para celebrar, convidamos todxs a colar em mais uma Semana de reflexão e reinvenção dos meios, de reafirmação dos fins, e, principalmente, de desobediência. Do dia 9 ao dia 13 de setembro, o Osama Bin Reggae vem com a intenção de debater e contribuir com as iniciativas de apropriação organizada e/ou espontânea do que se convencionou chamar de espaço público.
Na 11ª Semana de Resistência Osama Bin Reggae serão organizados debates, performances coletivas, oficinas, filmes, transmissões, e ressignificação da rua, dos corpos e da vida. Ocupemos as ruas: vândalxs, trablhadorxs, artistas, arruaceirxs, baderneirxs, mascaradxs, manifestantes, resistentes. Todxs convidadxs para discutir, refletir, somar e trocar experiências sobre as inúmeras formas de fazer política nas ruas.
Desde as grandes metrópoles até os menores vilarejos, o ambiente público é onde a luta de classes se realiza de maneira mais feroz. E nessa guerra, não nos iludamos, o Estado jamais poderá estar de lado diferente do que sempre esteve. Afinal, quase todas as experiências de violência com as quais a classe trabalhadora mantém contato diário são patrocinadas pelo Leviatã e seus grandes capitalistas. O transporte coletivo, a polícia, a “justiça”, as prisões, os bancos, a televisão, o rádio, os estádios, a carência de direito à moradia, enfim… todos estamos ligados ao papel infeliz que esta instituição ostenta em nossas vidas.
Parar o trânsito, pixar prédios, quebrar vidraças, atacar a ordem policial vigente são apenas algumas dentre tantas maneiras de expressar inquietação e tornar a discussão política uma importante pauta dos debates cotidianos, abrindo espaço para repensar o que entendemos por democracia representativa e quais as novas possibilidades de organização e atuação abertas pela recente mobilização nacional.
Para nós, é momento de refletir construtivamente e dar continuidade às lutas contra a violência institucionalizada, responsável pelo solapamento de direitos essenciais da classe trabalhadora. Por isso, na 11ª Semana do Osama Bin Reggae propomos um debate sobre a necessidade de prosseguir com a ocupação do espaço público sob a perspectiva das lutas políticas travadas à margem da cobertura midiática. Atrelado a esta temática, entendemos como relevante estabelecer discussões sobre os modelos de organização política existentes atualmente, e a notória incapacidade do modelo predominante (partido político) em compreender e se adaptar à dinâmica de desenvolvimento das lutas sociais observadas em nosso continente.
Aproveitamos para mandar um salve especial a todxs xs guerreirxs envolvidxs nas lutas por moradia e transporte coletivo de qualidade, público, e gratuito no Grajaú! Também lembramos aqui de todxs as vítimas da ação policial e dos que sofrem nas garras do sistema penitenciário brasileiro.
11ª Semana de Resistência Osama Bin Reggae
Está chegando mais uma semana de debates, intervenções artísticas e ocupação do espaço público.
Estamos nos organizando para fazer tudo acontecer entre os dias 09 e 13 de setembro!
Entretanto, como sempre, Osama se adiantou e já está mandando ver na divulgação de mais uma Semana de Resistência Osama Bin Reggae.
Em breve postaremos mais informações sobre a semana de intervenções, atrações musicais, teatrais, etc.
Fogo na polícia!